terça-feira, 14 de outubro de 2008

A Relatividade

Li, numa reportagem antiga, que Albert Einstein ter-se-ia inspirado, para formular sua famosa Teoria, na Bíblia. No Salmo 84, o versículo 10 declara "Um dia nos teus átrios vale mais que mil." (Bib. de Estudo de Genebra, trad. de João Ferreira de Almeida, versão Revista e Atualizada no Brasil, c) 1993, da Sociedade Bíblica do Brasil, Ed. 1999, Ed. Cultura Cristã, São Paulo-SP, Brasil).

De acordo com a reportagem citada, Albert Einstein discutia com seu professor de Religião sobre o versículo citado. "Como um dia pode valer mais do que mil?" Embora o professor não desse ênfase ao assunto, afirmando tratar-se apenas de uma figura de retórica, o jovem futuro "cientista" insistia em dar uma interpretação literal à sentença, adequando-a à realidade. A conclusão que ele apresentou foi que "tudo é relativo. Para uma formiga, que tem a expectativa de vida de 48 horas, o tempo de 1 dia, do nascer ao pôr do sol, é a metade da sua vida. Para uma tartaruga, que vive 300 anos, 1 dia é uma porção ínfima de tempo. Para o Homem, que tem uma expectativa de vida de 50 anos (na época de Einstein), 1 dia teria um valor bem maior que o da formiga, mas bem inferior ao da tartaruga. Para Deus, que é eterno, criador do tempo e, portanto, mais antigo que o tempo, um dia é uma fração mínima. Ao mesmo tempo, se Deus pôde criar todo o complexo Universo em um tempo curto (para Ele), um dia pode equivaler ao que seria, para um homem, uma eternidade." Então, a verdade é apresentada com uma faceta por cada intérprete, de acordo com o seu ponto de vista.

Há, a esse propósito, uma antiga alegoria muçulmana, citada por Malba Tahan. É a parábola dos gêmeos:

"Ali e Mohammed são irmãos gêmeos. Juntos vivem, juntos despertam, juntos comem, conversam todos os dias, e todos os dias se tratam como irmãos amados. Têm a mesma face e a mesma fé. Com tudo concordam e em tudo combinam e têm um amor mutuamente sincero e fraterno. Mas, na hora da prece, discordam diametralmente, e o desejo de um é o temor do outro. Naquele momento, ambos tentam a Allah, implorando ardentemente que o Senhor realize dois atos opostos. Ali pede que nunca chegue o último dia do Ramadã; Mohammed implora que se apresse o tempo, e que o último dia do Ramadã chegue logo, para acabar com sua agonia."

Como é possível?

A explicação para este fato é simples: Ali cometeu um crime que, pela lei do Alcorão, é punível com a morte. Mohammed, seu irmão, poderia tê-lo impedido, mas não o fez. Então, o juiz condenou Ali à morte, como a lei exigia, mas não poderia condenar à mesma pena o irmão, que não participara do ato; sua culpa era não tê-lo impedido. Como se aproximava o mês do Ramadã, sagrado para os muçulmanos, a execução do criminoso teria que ser adiada, e o foi, para a último dia do mês. Para o irmão, culpado por omissão, bastava uma temporada na cadeia. A fim de castigá-lo pela gravidade da omissão, o juiz definiu sua liberdade para o mesmo dia da execução do outro.

O tempo, que passava muito rápido para Ali, que via aproximar-se rapidamente o seu último dia de vida, era muito longo para Mohammed, que ansiava pela liberdade.

O tempo, psicologicamente, é relativo. O namorado apaixonado passa o dia no trabalho, achando que as horas são muito longas, mas quando, à noite, tem que se despedir da namorada, acha que são curtas demais.

Einstein poderia ter se limitado à relativização da interpretação dos fatos, não da Verdade. Foi muita pretensão sua.

Ele poderia ter dito: "Tudo parece relativo, conforme o ponto de vista do observador, o objeto observado e os pontos de referência." Eu concordaria plenamente. Mas ele foi arrogante, tentando limitar a própria verdade: "Tudo é relativo."
Foi muita arrogância.
Ao mesmo tempo, foi muita incoerência. O próprio substantivo "tudo" já indica uma grandeza absoluta. Tudo quer dizer "todas as coisas; tudo o que se conhece; tudo o que se ignora; tudo o que se imagina...", enquanto o adjetivo "relativo" indica a ausência da totalidade, a indefinição por definição.

Além dessa clara contradição, Einstein comete outra, mais grave ainda, ao afirmar que "a energia é a matéria em ação, e a matéria é a energia inerte. A energia é igual à massa da matéria em observação multiplicada pelo quadrado da velocidade da luz." Ao mesmo tempo, ele afirma que "nada pode ser mais veloz do que a luz", e, ainda, que "a velocidade da luz é constante, invariável."

Não sei se Einstein era ignorante ou mentiroso.

Albert Michelson, após fazer suas primeiras medições da velocidade da luz, concluindo que, na atmosfera terrestre, a luz se movimenta a uma velocidade aproximada de 300.000 quilômetros por segundo, prosseguiu seus estudos, com muitas outras experiências.

Ele concluiu, então, que a velocidade da luz não é constante. Ela sofre as seguintes influências: 1) a densidade do meio que atravessa: quanto mais denso o meio, menor é a velocidade da luz, a não ser no caso das lentes de aumento, que, ao deformarem a luz, dão a impressão de aumentar a proximidade da fonte, sugerindo que a luz parece mais veloz; Michelson verificou que, ao fazer as medições próximo à altitude zero, a velocidade era menor que nas primeiras observações, nos picos das Montanhas Rochosas; 2) a temperatura do meio: Michelson verificou que à noite, com o ar mais frio, a luz demorava mais a atravessar a distância que separava a fonte do anteparo, sendo as medidas efetuadas no mesmo local que tinha sido feita à noite; 3) a interferência de outras ondas eletromagnéticas: num meio escuro, sem a interferência de outras luzes, um feixe luminoso se movimenta com mais rapidez; 4) a distância da fonte: a onda luminosa, assim que parte da fonte de luz, tem uma freqüência muito elevada, e um comprimento curtissimo, e parte numa velocidade que vai gradualmente diminuindo. À medida que se distancia da fonte, a freqüência diminui, o comprimento das ondas aumenta, e a velocidade, mesmo no vácuo, é reduzida. O comprimento das ondas determina a coloração em que é captada a luz visível. É o que observa nos prismas, nos espectrógrafos e nos distanciômetros a "laser". Michelson deduziu que, se a luz do sol, medida nos picos das montanhas rochosas, tinha uma velocidade próxima dos 300.000 km/seg, é provável que, ao sair da superfície solar, tivesse 500.000 km/seg. Com seu labirinto de espelhos, ele provou a redução da velocidade da luz ao se afastar da fonte, atravessando um mesmo meio.

Eu mesmo já tive oportunidade de fazer esta experiência, com flash fotográfico, entre espelhos paralelos, e pude comprová-la.

Outra incoerência tremenda de Einstein é a expressão "o quadrado da velocidade da luz". Se ele mesmo afirma que nada pode ser mais veloz do que a luz, a idéia de multiplicar a velocidade da luz por qualquer grandeza diferente de 1 já constitui uma contradição em si mesmo.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

O Gênesis ou o Big Bang?

Há alguns anos, li "O Gênesis e o Big Bang", de Schroeder, físico nuclear e teólogo judeu. Ele tenta harmonizar duas idéias díspares, mas não consegue deixar de apresentar algumas contradições, fruto constante da prepotência de "cientistas" humanistas, que ousam definir a Verdade.
Uma dessas contradições se refere à idade do Universo. Ele cita que a Comunidade Científica aceita que o Universo teve início há um tempo, em anos, igual a dez elevado à décima-sexta potência, ou seja, 10.000.000.000.000.000 anos. Embora as publicações em geral citem algo entre 14 e 16 bilhões de anos, o que se definiu cientificamente seria 10 quatrilhões (ou seriam "tetrilhões"?) de anos, ou seja, dez elevados à 16ª potência anos. Ao mesmo tempo, ele cita que vários testes sérios provaram que o tempo que se levaria para formar uma única cadeia de aminoácidos, tidos como a menor partícula possível de um ser vivo, seria 10 elevado à 23ª potência anos. Os testes, segundo o autor, foram feitos lançando-se moléculas dos elementos químicos básicos de um aminoácido em uma esfera de aproximadamente 1 metro cúbico de volume, da qual foi retirado todo o ar. Observando-se os movimentos das moléculas, sem a interferência de outros instrumentos, chegou-se à conclusão de que a primeira cadeia de aminoácidos levaria, naquele pequeno espaço, 100.000.000.000.000.000.000.000 (cem sextilhões de) anos. Ou seja, levaria mais tempo para se formar uma simples espiral de DNA do que todo o "cientificamente admitido" tempo de existência do Universo.
Isto quer dizer que, se os cálculos científicos relativos à idade do Universo estiverem certos, nós, seres vivos, (ou, como diria Darwin, os trilobites, nossos primeiros ancestrais, longe ainda dos primeiros primatas) só poderemos passar a existir daqui a 10.000.000 (dez milhões de) anos.
Ou seja: cientificamente, nós ainda não existimos.
A priori, o que significariam, cientificamente, os anos? Qual a sua duração?
Schroeder usa a teoria da relatividade, de Einstein, para dizer que cada dia da Criação teve a duração de um dia, dos nossos dias atuais. Ele argumenta que o tempo é relativo, e que é perfeitamente possível que cada fase da Evolução do Universo durou exatamente 1 dia, embora "valesse" alguns bilhões de anos.
Aliás, falando em Einstein, ele foi realmente um gênio: primeiro, porque, sem nunca ter feito qualquer experiência laboratorial para provar seus argumentos (condição "sine-qua non", de acordo com os princípios de Galileo e Descartes, para se admitir uma proposta como verdadeira), conseguiu ludibriar toda a comunidade científica de sua época e das gerações posteriores, tornando a todos crentes fundamentalistas de uma dogmática radical e improvável; segundo, porque ele conseguiu o dialeticamente impossível: uma opinião ao mesmo tempo ambígua e contraditória; terceiro, porque ele conseguiu convencer as autoridades científicas e o público leigo a rejeitar, pela força de um argumento débil, enfeitado por prolixos e inexplicados esquemas supostamente matemáticos, que resultam numa pretensa equação simplificadora (E=mc2), leis claramente testadas e definidas por Isaac Newton e Albert Michelson, anos antes da própria existência dele, Einstein. Na verdade, acho que Einstein nunca foi sério. Ele inventou toda aquela parafenália argumental como uma forma de zombar dos cientistas. E zombou tanto e com tanto talento, que eles o achavam sério, mesmo quando ele fazia caretas, mostrando-lhes a língua zombeteiramente. Quando vejo aquelas fotos clássicas do pretenso gênio, consigo até imaginar o balãozinho de gibi sobre sua cabeça "Eh-eh prá vocês, seus otários!".
(A continuar no mesmo blog).

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Conceito Geral

Desde criança tenho interesse pelo desenvolvimento de minhas habilidades.
Havia alguma dificuldade em definir padrões de comportamento que me fizessem o mais ágil e prático possível, racionalizando minhas atitudes e atividades, agilizando cada gesto, de modo a fazer sempre o melhor, em menos tempo, com menos esforço, menos gasto de energia, e de maneira mais efetiva.
Um amigo, que conheci em Maceió, e que pediu que não citasse seu nome, dizendo que a idéia cabia exclusivamente a mim, sugeriu o nome Antropomática, sendo Antropos (humano) + mática (método, hábito, rota).
Aquele amigo, que teve que se ausentar do Brasil, me deixou conceitos bastante claros. Um dia, eu assistia televisão em sua casa (a filha dele era minha namorada), numa cena em que um personagem recebia mensagens de um "computador inteligente", ele comentou:
"Não é nada disso! Computadores não pensam. Eles processam informações, com base nos dados que são inseridos nele, e de acordo com os procedimentos programados."
Depois acrescentou:
"Daqui a uns dez ou vinte anos, as pessoas terão computadores em suas casas, assim como têm hoje suas geladeiras e televisores, objetos que até há pouco tempo eram privilégios de uma classe. E muitos utilizarão seus computadores de maneira errada, deixando de explorar o potencial dessa maravilhosa tecnologia. Outros, os usarão para facilitar seus planejamentos domésticos, suas contas, seus trabalhos escolares e acadêmicos, e até sua comunicação com outras pessoas. Há quem diga que a ciência da computação é a ciência do futuro, e que no início do próximo século, quem não souber utilizar os computadores não terá lugar no mercado de trabalho da maioria das cidades. Mas eu digo algo mais: a ciência do futuro não é a informática. A ciência que vai diferenciar as pessoas bem-sucedidas das fracassadas é a Antropomática."
Naquele momento, achei um nome que eu procurava para o processo de aperfeiçoamento pessoas que eu tentaria desenvolver.
Passei a controlar melhor meus passos, meus gestos, minhas ações e meus pensamentos.
Aquele amigo, que era norte-americano, me ensinou algumas máximas de sua cultura, e outras de sua própria experiência. Uma delas, que eu gosto muito, é:
"Vigie seus pensamentos: eles determinarão suas palavras.
Vigie suas palavras: elas determinarão suas ações.
Vigie suas ações: elas determinarão seus hábitos.
Vigie seus hábitos: eles determinarão seu caráter.
Vigie seu caráter: ele determinará seu destino."
Não sei quem é o autor desse pensamento, mas ele contém muita verdade.
Depois falo mais.

Antropomáटिका